sábado, 18 de novembro de 2017

"MINI WEDDING" NO PARAÍSO

   Eu sempre dizia que se um dia casasse seria em Fernando de Noronha, meu lugar preferido até hoje. E não é que esse sonho se realizou e da maneira mais linda que eu poderia imaginar.
   Se você é que nem eu e não quer uma festa de casamento, mas não quer deixar esse momento passar em branco, o "mini wedding" é a melhor opção e é muito fácil de organizar.
   Em Noronha existe empresa especializada em casamentos e ela faz tudo por você. É só chegar no dia e casar!!! Contratei a empresa Acquaris. Este é o face:  https://www.facebook.com/acquariuswedding/?nr
  Tratei tudo por email (beldiniz@acquarius.com.br ) e não tive nenhum problema. A Bel é um amor e está sempre disposta a te ajudar.  
   Existem duas opções de cenário para o casamento realizado na beira da praia, o "AMAR" e o "AMAR PLUS". Escolhemos o AMAR PLUS porque a decoração era mais elaborada. Você também pode casar na capela. Mas eu queria casar na beira da praia com o Morro Dois Irmãos ao fundo, então a escolha foi casar na Cacimba do Padre.     
   Você ainda tem que contratar o orador, pagando uma taxa extra. Se puder escolher peça pela Tammy, que foi quem celebrou nosso casamento e tem uma energia incrível. 
   Mas para nós o mais importante era registrar este momento e não poderíamos ter escolhido uma fotógrafa melhor. A Michele Roth mora lá em Noronha mesmo e tira fotos incríveis. O face dele é esse:  https://www.facebook.com/michele.roth.77
  Só faltava achar uma maquiadora, o que não foi tão difícil assim. A Acquarius e a Michele indicaram algumas. Em Noronha existem várias. Eu fiz com a Neide (8199673585 ou 8187727338). Mas também me indicaram a Letícia (8187177953), a Juliana (8194238486) e a Samara (8197589760). Todas tem watshapp, o que facilita nossa vida. Algumas fazem cabelo também, mas eu não contratei este serviço. Eu mesma arrumei o meu.
   Ah já ia esquecendo o grande detalhe - o vestido de noiva!!! Eu ia alugar, mas os preços em Porto Alegre estavam bem salgados. Consegui indicação de uma costureira maravilhosa e com o preço bem bacana. Acabei fazendo com a Zulma, aqui de POA (51-33425184). Eu amei o resultado. Simples e lindo, bem como eu queria. 
  Chegamos em Noronha num sábado e o casamento estava marcado para quarta. Bem na hora que iríamos assinar os papéis caiu uma leve chuva. A Tammy disse que isso era sinal de que a natureza estava abençoando nossa união. E logo para nós que amamos a natureza. Que benção! Que dia mais feliz! O dia de realizar um grande sonho e ainda com a pessoa mais especial que conheci na vida, que compartilhou desse sonho, que era meu e se tornou nosso!
   Eu que estava desacreditada e que só encontrei o amor aos 36 anos posso dizer que vale a pena amar, acreditar no amor e entregar-se a ele de coração aberto.  
  Aqui estão alguns registros feitos pela Michele deste dia mais do que especial!








" Se um dia eu casar não é porque eu não consiga ser feliz sozinha, mas porque eu terei certeza de querer dividir meu mundo com ele."













   

sábado, 1 de julho de 2017

PARQUE NACIONAL DA CHAPADA DIAMANTINA

 O Parque Nacional da Chapada Diamantina fica no centro do Estado da Bahia, possui uma área de 152 mil hectares e abrange os municípios de Andaraí, Ibicoara, Iramaia, Itaetê, Lençóis, Mucugê e Palmeiras. 
 **Dica de ouro para quem pretende viajar para lá: se hospede em diferentes cidades, pois existe muita atração turística espalhada por todo o território do parque. Eu e o Jeferson ficamos sete dias lá e faltou conhecer muita coisa ainda. O mapa abaixo dá uma ideia do roteiro que fizemos: Lençóis, Vale do Capão, Mucugê, Ibicoara e Lençóis.



 1º dia) Chegamos em Salvador perto do meio dia e alugamos um carro para ir até Lençóis. São cerca de 425 km e a rodovia é bem movimentada. Levamos cerca de seis horas e nos hospedamos na pousada Pouso da Trilha. 

2º dia) Visitamos a Gruta Lapa Doce e a Gruta da Pratinha. 

Lapa Doce

Lapa Doce

Lapa Doce

Pratinha
   Depois seguimos até o Vale do Capão, onde nos hospedamos na Mirante Café Pousada, que não fica no centro mas se você estiver de carro não vai ter problemas. A pousada fica próxima ao acesso da trilha da Cachoeira da Fumaça, nossa razão para nos hospedarmos no Vale do Capão. 

3º dia) Fizemos a trilha da Cachoeira da Fumaça, que não precisa de guia. Esta cachoeira possui 340 metros de altura e é a segunda maior queda d'água do Brasil. 






      A queda d'água termina num poço bem lá embaixo

 Você pode fazer a trilha por baixo ou por cima. Na primeira opção leva cerca de 3 dias e na segunda, que foi a que fizemos, tem 12 km de extensão, 6km para ir e 6km para voltar, sendo uns 2 km em subida íngreme. A subida é cansativa, mas não demoramos muito para chegar. 
trilha

vista do alto
  





Depois da trilha comemos um pastel de jaca (típico da região) e fomos até a cachoeira Riachinho tomar banho 












  À noite fomos jantar na pizzaria Capão Grande. Essa é outra dica de ouro, não deixe de ir. A pizzaria só tem dois sabores, uma doce e outra salgada, mas com certeza é a melhor pizzaria da Chapada. Dormimos mais uma noite no Vale do Capão.

4º)  De manhã nos dirigimos para a próxima parada Mucugê, que é uma das cidades que serve de ponto de apoio para fazer a cachoeira do buracão. Nos hospedamos na pousada Monte Azul. 
estradas do Parque

Conhecemos o projeto Sempre Viva, que tem por objetivo preservar esta espécie que está em extinção.
trilha no projeto sempre viva

Mucugê

  
5º) Acordamos bem cedo e fomos até Ibicoara, onde dormimos e de onde sai o passeio até a cachoeira do buracão e a cachoeira da fumacinha. Nas duas cachoeiras é obrigatória a presença de guia que você pode conseguir lá na cidade mesmo. Existem algumas associações de guias. Foi o pessoal da pousada de Ibicoara (Flor de Lótus) que conseguiu para gente. Neste dia fizemos a trilha para a Cachoeira do Buracão com 6 km no total e foi a mais tranquila que fizemos. 
cachoeira vista durante a trilha

Ao chegar próximo à cachoeira do Buracão você coloca um colete e vai flutuando até a queda d'água por meio de paredões. Passeio incrível. 
Cachoeira do Buracão vista de cima

cachoeira do Buracão

flutuação até a cachoeira do buracão

6º) Madrugamos para fazer a trilha até a Cachoeira da Fumacinha. São 18 km, 9km de ida e 9km de volta. Na última parte, depois de caminhar muito, você vai pulando perdas literalmente e bem no finalzinho ainda tem que escalar pedras. É considerada uma das trilhas mais difíceis para se fazer em um dia só, mas como só teríamos um dia não tínhamos opção. Levamos 9 horas caminhando, com muito pouco tempo de descanso. Nos últimos metros da volta o Jefe ia me empurrando, pois não tinha mais força para caminhar. Até hoje não acredito que fiz esta trilha. Mas hoje não me arrependo nenhum pouco de todo esforço e cansaço. São estas experiências que ficam nas nossas lembranças. 

caminho percorrido pela trilha






             Estamos quase lá....só mais um pouquinho e....










    Fizemos um vídeo nos metros finais antes de avistá-la, escalando as pedras com o rio abaixo...nem pensar em cair. 


               E lá está ela com toda sua imponência no meio de paredões de pedra. 





 E esse cachorro da foto ao lado sou eu depois da trilha 








  7º) Nosso último dia na chapada e programamos o retorno até Lençóis com parada nos Poços Encantado e Azul.

Poço Encantado

Mapa do Brasil insculpido pela natureza.

Poço Azul

 Chegando em Lençóis ainda fizemos mais uma mini trilha até o Morro do Pai Inácio. A subida não é tão íngreme, mas considerando a trilha do dia anterior confesso que também cansei. 
Vista do Morro do Pai Inácio
  Dormimos no Hostel das Estrelas e no dia seguinte fomos descansar uns quatro dias em Morro de São Paulo. Daí foi só descanso e banho de mar. 
   Mais um destino que já deixou saudades. O Brasil é lindo demais!!!

 Assoviando no aeroporto: La Belle de Jour

sábado, 8 de abril de 2017

JALAPÃO: UM LUGAR PARA NUNCA MAIS ESQUECER

    Você deve pensar que não existe mais rio com água potável no mundo, muito menos no Brasil. Mas ele existe sim e fica na Região Norte do País, no leste do Estado do Tocantins, mais precisamente no Jalapão. Há muito tempo já ouvia falar e maio de 2016 foi o período escolhido para conhecer o lugar que muitos anunciavam como "a última bolacha do pacote".

  Depois de muita pesquisa resolvi contratar a agência Korubo, pois é a única que oferece hospedagem em local mais próximo do Parque Estadual do Jalapão. Esse é o site deles: http://www.jalapao.com/Safari.aspx. A experiência foi incrível. O serviço prestado é maravilhoso, desde as barracas, que possuem cama e vaso sanitário, a comida, que é preparada sempre no dia, e a cerveja, que estava sempre "trincando" (expressão utilizada por eles para dizer que estava estupidamente gelada). E, embora a energia de lá seja fornecida por gerador, acredite que foi a cerveja mais gelada que já tomei até hoje. Ao contratar os serviços da Korubo, você só precisa providenciar as passagens até Palmas, capital do Tocantins, pois o resto é com eles. 
   Nessa grande aventura contei com a parceria do Jeferson, que à época ainda nem era meu namorado e resolveu me acompanhar. Se você achou um parceiro para ir até o Jalapão sem nem saber ao certo o que iria ver por lá, acredite que esse é um parceiro para a vida. 
  O Parque Estadual do Jalapão é um daqueles lugares que você nem quer divulgar para que permaneça do jeito que está. Um local de natureza ainda bruta. Por lá tem dunas, cachoeiras, rios de água potável e cristalina e muita aventura.
  As distâncias entre as atrações não são longas, mas o percurso leva bastante tempo, pois as estradas são de chão e o caminhão da Korubo anda numa média de 30 km/h. Parece que existe uma vontade local para asfaltar as estradas por lá, mas espero sinceramente que isso não aconteça nunca. Deixem o Jalapão como está, pois esse é o grande atrativo da região. Assim ele realmente é a "última bolacha do pacote".



    Fizemos o roteiro de seis dias. No dia da chegada você dorme em Palmas, Ficamos na pousada Girassóis. Como chegamos tarde só deu tempo de sair para jantar, num restaurante chamado Quadra Contemporânea, que super recomendo.  
 


No dia seguinte, partimos às 9h de Palmas e paramos em Ponte Alta para almoço e troca de caminhão. Nesse não tem ar condicionado e lá faz muito calor durante o dia. Use roupas bem leves.




 Visitamos a cachoeira de sussuapara e chegamos no acampamento por volta das 17h.

acampamento

   Ficamos na barraca 14 e todo dia nosso despertador era um "barraca 14, bom dia"! Isso por volta das 6h da manhã e você acorda bem animado, acredite. Durante à noite não faz calor o que ajuda muito para dormir. No primeiro dia tivemos a visita de uma perereca que estava bem feliz dentro do vaso sanitário. Óbvio que fui eu que vi ela pela primeira vez. Daí foi a hora do Jeferson agir, afinal ele era o homem da barraca kkkk. 
   No terceiro dia estava incluída a canoagem no Rio Novo, um dos últimos com água potável do mundo, e a caminhada nas dunas para ver o pôr do sol. Que dia incrível!




               


      As águas são cristalinas. Inclusive é desse rio que sai a água para abastecer o acampamento, passando por apenas um sistema de filtro.
   


         As famosas dunas do Jalapão.






      No quarto dia visitamos o poço do fervedouro e a cachoeira da formiga. O melhor banho da viagem foi na cachoeira da formiga. A água era absolutamente transparente e de temperatura super agradável, pois como já disse faz muito calor por lá.
cachoeira da formiga

   


   E a cada final do dia presenciávamos um pôr do sol de encher os olhos!
 
No quinto dia fizemos a trilha do mirante da serra do Espírito Santo (8 km) e a flutuação no Rio Novo.
               
       
           A trilha não é tão simples. Exige um pouco de esforço. Para mim mais difícil do que a subida em si foi o calor. Não tinha nada de sombra durante todo o percurso. Mas a vista compensa.


Esse é o rio novo que nos proporcionou momentos maravilhosos.

  No sexto dia fomos até a cachoeira da velha e conhecemos a prainha, onde foi filmado o filme "Deus é Brasileiro", chegando a Palmas no final do dia.  



    Já estamos morrendo de saudades da barraca 14! Se você gosta de aventura não espere mais para conhecer o Jalapão. Com certeza é um dos lugares mais bonitos que já conheci até hoje.
   
  Assoviando no aeroporto: Foi um rio que passou em minha vida